sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Análise sumária ao potencial europeu e mundial
Apreciamos muito o site de natação Notinat de autoria de Guillem Alsina, excelente profissional da nossa modalidade. Chegam-nos excelentes notícias diariamente e muitas vezes faz análises estatísticas do confronto entre o potencial de cada país. Após os JO de 2008, num dos seus balanços, com base nos recordes nacionais de cada país (p50), o nosso situava-se em 23º lugar (22ºM e 24 F) a nível europeu e em 31º a nível mundial. Em 2010, realizou 2 novos quadros e com base nos tempos em p25, pioramos 3 lugares no ranking europeu (26º total, com 22º M e 28º F) e mundial (34º). Em relação à p50, pioramos também 3 lugares a nível europeu (26º total, 24º M e 28º F), bem como a nível mundial (34º). Podemos muito sumariamente tirar algumas conclusões: (i) a descida foi muito mais acentuada a nível feminino; (ii) em relação a 2 anos antes (2008), em p50, passaram-nos a IRL a SRB e a ROM; (iii) em relação a 2 anos antes (2008), em p25, passaram-nos a SVK, SRB e a ROM; (iv) a SVK fica atrás em p50, mas à frente em p25 e a IRL, atrás em p25, mas à frente em p50; (v) há países que não tendo expressão colectiva superior à nossa, conseguem contudo resultados de medalhas e finais nas grandes competições internacionais (VEN, ZIM, SING, KEN, BIELOR, TUN, COR SUL, PAPUA NG, BULG, CHILE, ARG, etc.). Concluimos que estando situados na 2ª metade da Europa, não podemos colocar a fasquia muito alta nesta modalidade nos próximos tempos, dado não termos conseguido aproximar-nos da 1ª metade, face a variadíssimas situações, a começar pela política de investimento desportivo no nosso país, seguindo-se a própria cultura e formação do nosso povo. Reforçamos com o facto de que estando também noutras áreas numa 2ª linha europeia (financeira, social, saúde, formação, etc.), será lógico que no desporto também acompanhemos essa posição secundária. Na nossa perspectiva, não se poderá pedir muito mais aos nossos nadadores, devendo acarinhá-los e valorizá-los, sobretudo aqueles que têm conseguido manter um nível elevado, quer nacional, quer internacional e conseguindo em simultâneo conciliar as suas carreiras (académica e profissional), com esta exigente prática desportiva.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Grande artigo! parabéns!
Esta triste realidade faz-nos desacreditar na natação em Portugal...
e no resto nem se fala...
Pedro Pereira
Enviar um comentário