terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Pós Pequim e Roma nas observações técnicas

Nos JO de Pequim 2008, atingiram-se números nunca antes previstos: 25 recordes mundiais, 66 recordes olímpicos e mais de 1000 recordes continentais e nacionais. A natação foi o desporto dos JO, assim como Michael Phelps foi o atleta desses Jogos. De certeza que os nadadores e treinadores, que assistiram aos JO, voltaram para os treinos mais animados, com planos e sonhos para as suas equipas. Dito e feito. Na época seguinte, em 2008/09, agora terminada, caiu uma centena de recordes mundiais; só nos CM em Roma bateram-se mais 43 RM, nas 2 semanas seguintes após Roma, várias competições foram realizadas e mais de 1 dezena de RM foram alcançados, quer em curta, quer em longa, durante este mês de Agosto. Esta nova ordem na natação mundial, apesar de ter sido muito à custa da tecnologia dos fatos de banho, também teve o contributo de outros detalhes técnicos:
1) PARTIDAS (track start): A proporção é cada vez maior, agora que é permitido ter tacos de apoio para os pés, ajustados a cada nadador. São poucos os que ainda executam a saída com 2 pés à frente.
2) FATOS DE BANHO: Os bodysuits evoluíram muito de Pequim até Roma, tendo a FINA, decidido acabar literalmente com esses modelos e voltar aos antigos, sem contudo se poder comprovar cientificamente, que os ditos modelos proporcionassem mais propulsão; efectivamente ajudam muito, contudo esses ganhos, variam de técnica, para técnica e de nadador para nadador.
3) NADAR OS 50 LIVRES SEM RESPIRAR: O trabalho de hipoxia aumentou nos treinos e principalmente a capacidade de manter um bom padrão de nado sem a técnica ser afectada pela falta de oxigénio.
4) NADAR NA LINHA D’ÁGUA : Queres ter sucesso em natação? Então nada em stream line. Nadadores de mariposa que sobem ou descem demais, nadadores de bruços que cometem o mesmo erro, nadadores de costas ou crawl que têm os quadris muito baixos na água estão condenados a ficar para trás.

5) RECUPERAÇÃO DE BRUÇOS ACELERADA: A aceleração de recuperação nas suas braçadas tem sido determinante, combinando com a projecção de seus corpo dando uma nova perspectiva para o nado.
6) QUEM NÃO FOR BOM NO NADO SUBAQUÁTICO FICA PARA TRÁS (5º estilo): O trabalho subaquático nas saídas e viragens é uma evolução da natação moderna e sendo realizada com eficácia, dá grande vantagem sobre os adversários. A consistência deste tipo de trabalho, deve ser feito durante as séries médias e longas no treino e não somente durante o trabalho específico de partidas e viragens.
7) FUNDISTAS JÁ SÓ NADAM COM PERNADAS DE 6 TEMPOS (5º estilo): Os finalistas dos 1500 e dos 800 (masc e fem), nadaram com pernada de seis tempos.
8) 400 LIVRES – A PROVA DO NEGATIVE SPLIT (DOBRAR A PROVA): Foram nadados de forma negativa, pela grande maioria dos finalistas. É uma tendência mundial e serve como base para os treinadores e nadadores, ajustarem os seus programas de trabalho.
9) RESPOSTA DO CORPO À FORMA COMO NOS PREPARAMOS: Atletas do mundo inteiro modificaram seus esquemas de treino, seus horários de competições, suas rotinas diárias para ajustar o corpo a alcançar a melhor performance possível nas finais “estreantes” de Pequim e com resultados positivos
.(adaptação da Bestswimming)

3 comentários:

Anónimo disse...

há k trabalhar nestes pormenores importantes.

MOK disse...

ja foram batidos após os mundiais mais 11 recordes do mundo em piscina curta!!!!

team manager disse...

os RM continuam a cair porque há muito dinheiro para se dedicarem a tal e pela tecnologia. É óbvio que após o CM em p50, que logo a seguir caíssem RM em grandes competições em p25 como são o US open (onde estão mts estrangeiros), os C Nac da A. Sul, o open do UK (onde está o CAN e outros).
Agora os USA tiveram o pior desempenho nos CM dos últimos tempos! Já no JO só 46% é que melhoraram os tempos dos seus trials e agora ainda foi pior essa %. Não aprenderam que realizar 1 competição de top (trials) 1 mês antes da principal não é muito positivo.